Time Lord Victorious | The Knight, The Fool And The Dead (ou: conheçam Brian e Mr Ball…)

Finalmente os livros chegaram em TLV! The Knight, The Fool And The Dead, escrito por Steve Cole, tem tudo aquilo que a gente gosta em Doctor Who – e tudo o que a gente (eu) odeia nessa fase do 10th.

Geralmente eu faço resenha de livro de cabeça, mas dessa vez eu estou com o livro do lado pra não perder nenhum detalhe – inclusive, foi a primeira vez que eu fiz destaques em livros no Kindle…

O livro está dividido em quatro partes mais o prólogo. Entre cada parte, um interlúdio – isto é, um trecho que separa essas partes, em que algo relacionado à história é contado por outras pessoas.

Vou tentar ser o mais detalhada possível, então já aviso que esse post vai ficar imenso. Preparados?

O prólogo abre com os Kotturuh chegando em um planeta-fazenda chamado Destran. Toda a cena é vista pelos olhos de Estinee (guarde bem esse nome), uma menina que assiste à chegada deles pela janela do quarto. O julgamento dos Kotturuh dá apenas quarenta verões ao povo de Destran, e a mãe de Estinee se desfaz em poeira na frente da garota. Um Kotturuh entra no quarto e toca a garota.

” Estinee se virou e tentou sair pela janela. Alguma coisa tocou a parte de trás de sua perna. Os seis dedos do Kotturuh, diamantes cinza, pressionavam sua pele. Uma sensação de queima atravessou sua pele. Estinee se soltou e se sentiu pegando fogo.”

A garota cai da janela e, ao cair no chão, um dos Kotturuh coloca seu véu sobre ela.

O livro começa com o Décimo em um planeta chamado Andalia, indo visitar a Tumba dos Terminados, um monumento aos mortos do planeta – aos únicos cinquenta mortos do planeta. Sim, o Décimo já se encontra nos Tempos Sombrios, e ele fica rememorando (e remoendo) os acontecimentos finais de The Waters Of Mars.

Pergunta 1: ele foi para Andalian depois de TWOM?

Pergunta 2: como ele foi parar em Andalian?

“Eu estou fugindo de antigos fantasmas. De pontos fixos no tempo. O universo é um lugar melhor aqui e agora. Tantas raças como vocês andalians – cheios de vida! O que quer que aconteça, vocês praticamente não podem morrer, mesmo se…

Você ouve a explosão. Você se vira. Nenhuma luz na janela. Silêncio na Rua Davies.

… vocês quiserem (…)”

O andaliano pergunta se o Doutor está indo para a demonstração. Ele pergunta qual demonstração, e o andaliano responde que são só histórias assustadoras. Depois de cinco parágrafos longos descrevendo Andalia e seu povo, o Doutor chega na praça onde está acontecendo a demonstração.

Ali, uma nave enferrujada, parecendo uma barata gigante, se abriu com direito a música tocando, e se desdobrou como se fosse um palco. O Doutor fica empolgadíssimo por ver uma nave espacial dos Tempos Sombrios.

Ele pergunta ao redor sobre o que é a demonstração e os andalianos explicam que é sobre algo chamado Lifeshroud, que vem sendo promovido pelo universo e que previne a morte – e complementa: os Kotturuh estão vindo.

Enquanto isso, no palco, uma espécie de inteligência artificial começa a fazer seu discurso: “Estima-se que mais de quatro mil planetas tenham sido visitados pelos Kotturuh. (…) Onde antes a vida seguia sem fim, os Kotturuh trouxeram limites. Eles julgam e decretam o quanto as raças viverão… os velhos murcham e morrem em poucos batimentos cardíacos, enquanto os jovens sabem que seu tempo é curto.”

Essa IA começa a mostrar imagens dos mundos por onde os Kotturuh já passaram, da destruição que eles deixam, e fala do sofrimento dos sobreviventes – alguns enterram seus mortos na esperança deles brotarem novamente, outros se jogam no espaço atrás de novos mundos. Ao final disso tudo, a IA fala que está lá para ajudá-los e que o Lifeshroud evita que a morte os toque.

Chegamos, então, à efetiva demonstração do funcionamento do colete: Estinee (aquela do prólogo) sobe ao palco e conta sobre a destruição do seu planeta. A IA complementa que, mesmo a garota tendo sido tocada, se ela usar o colete de forma permanente e correta, ela viverá para sempre.

O Doutor, cético, pergunta como o colete funciona e a IA não se faz de rogada: pega uma arma de raio e atira em Estinee; a garota grita, mas uma névoa dourada surge ao redor dela e reflete o raio, desviando-o. Quando o colete é desativado, a garota vai ao chão com algumas queimaduras, mas nada mais sério.

Após a demonstração, uma espécie de QR code aparece nos céus e os andalianos começam a comprar os coletes em uma velocidade excepcional, para espanto do Doutor, que saca a sonic e vai examinar Estinee; a IA, porém, impede.

De repente, a IA se assusta e pede para Estinee ativar o colete. Um tiro atinge a cabeça da IA; Estinee também é atingida, caindo para trás, e o Doutor cai de lado. Quando ele procura de onde vieram os tiros, ele se depara com um Ood segurando uma arma laser.

Semi surto do Décimo achando que é o Ood Sigma; aí ele lembra que a Oodsfera ainda não foi formada nos Tempos Sombrios, então aquele Ood só pode ter viajado no tempo, como ele. E o Ood continua despejando tiro de laser na pobre Estinee, a névoa dourada à sua volta aumentando mais e mais.

O Doutor, então, joga uma arara de Lifeshrouds em cima do Ood, que cai desacordado. Enquanto isso ele tenta examinar Estinee, percebe que o colete realmente funciona, e a garota explica que precisa voltar para a nave – mas no fim, a nave vai embora e deixa Estinee com o Doutor em Andalia, fugindo do Ood em um carro voador – mas um rastreador aparece, seguindo-os, e dando oportunidade do Ood derrubar a tiros o veículo.

Ao cair no chão o Doutor percebe que todos os insetos estão mortos, e os andalianos correndo e gritando em desespero, morrendo instantaneamente e virando pó.

“De repente uma criatura se levantou, maciça e intimidante, entre os moribundos e os mortos. O Doutor a viu através de uma névoa, como se até mesmo o ar e a luz estivessem tentando fugir.

A criatura se levantou dois metros, sustentada por grossas pernas-tentáculos que se contorciam como larvas gigantes e inchadas. Olhos gelatinosos, acesos como carvão em brasa, se moviam por trás de um véu intrincado. A carapaça dura do seu corpo estava vestida em veludo escarlate bordado com fios de cinzas que piscavam e brilhavam. Seis dedos se flexionavam em ambas as mãos ossudas, como se estivessem sinalizando às trevas para caírem sobre Andalia”.

O Décimo pergunta às criaturas quem elas são, e elas respondem que são os Kotturuh; eles explicam que os andalianos são indolentes, não contribuem para o universo e que, a partir daquele momento, o tempo de vida deles será de de apenas uma órbita lunar – e toda a flora e fauna de Andalia foi adaptada para atender a esse ciclo. Tudo isso porque, um dia, aquele planeta terá um grande valor estratégico e se a guerra chegar ali e eles forem conquistados o estrago será maior.

O Doutor entra no modo full pistola. E os Kotturuh começam a tirar com a cara dele, falando que ele se parece com um cavaleiro cavalgando para o resgate, enquanto outro chama ele de tolo cercado de mortos. Enquanto isso, a pobre Estinee é sequestrada por um outro grupo de Kotturuhs.

Depois de levarem a garota, o Ood reaparece. Ele se apresenta como Brian, e explica que está ali não para matar Estinee, mas sim para testar as habilidades do colete. Ele foi contratado por uma criatura chamada Chalskal, que tem o estranho hábito de se curvar… Chalskal quer o colete para proteger o seu povo contra os Kotturuh, mas eles descobrem que para funcionar, são necessários cristais especiais, vendidos separadamente – o Lifeshroud é, na verdade, um estelionato (mais pra frente o Doutor vai compará-lo ao óleo de cobra que vendiam no século XIX e que prometia curar quaisquer males).

Eles decidem ir atrás de Estinee para que a menina as leve até a Professora Fallomax, a criadora do colete, para que com o incentivo necessário ela fabrique a quantidade suficiente de Lifeshrouds que realmente funcionem.

Entra o primeiro interlúdio, que se passa lá no arco An Unearthly Child! Barbara começa a contar a história d’A Madrinha Morte, dos Irmãos Grimm: um alfaiate tem doze filhos, e o décimo terceiro está para nascer. Ele, então, começa a procurar um padrinho para a criança; ele encontra Deus, que diz que vai dar saúde e felicidade à criança, mas o alfaiate recusa, porque Deus permite que haja pobreza no mundo; depois o diabo, que diz que dará ouro e prazer à criança, mas o alfaiate desconfia, porque o diabo engana as pessoas. Então o alfaiate encontra a Morte, e como esta não discrimina ninguém, ela se tornou madrinha da criança.

Começamos o segundo ato com o Décimo e Brian dentro da Tardis. Brian conta que viu a ação dos Kotturuh em outros planetas. Brian pergunta se o Doutor já matou, e ele responde que só quando necessário.

“‘Quem é você, Brian? Como você acabou aqui nos Tempos Sombrios?’

‘Com a ajuda dessa nave’ (…) O interior mudou, mas não as peculiaridades dimensionais'”

Sim! Brian foi parar nos Tempos Sombrios com a Tardis – muito provavelmente com o Oitavo. Mas o Décimo não se lembra dele e explica que ele pode ser do futuro do Doutor – ou que Brian está mentindo.

Nessa hora somos apresentados a Mr Ball, a bolinha de tradução do Ood e arma de choque nas horas vagas. Mr Ball tem consciência própria – e uma muito sarcástica e perspicaz.

Brian saca seus instrumentos de navegação, conecta-os aos circuitos da Tardis e eles vão parar em Mordeela, o planeta sagrado dos Kotturuh. Foi para lá que eles levaram Estinee. “Mordeela é uma palavra de uma língua antiga; significa Julgamento”. Brian conta ao Doutor que ele e Mr Ball ouviram relatos sobre grandes líderes que foram a Mordeela tentar negociar com os Kotturuh e nunca voltaram.

Corta para Estinee lembrando das três vezes em que ela estive em Mordeela, e em como a professora Fallomax a resgatou da primeira vez – e em como ela espera que a resgate novamente. Enquanto se esconde, a garota vê a chegada do representante de Turska Gordanski, tentando regatear com os Kotturuh – não só não conseguiu, como acabou virando um zumbi que fica repetindo coordenadas em loop.

Na verdade, são vários ~zumbis~ que ficam repetindo as coordenadas espaço-temporais de quando os Kotturuh vão aos seus planetas realizar o julgamento. Como Esmee ficou algum tempo em Mordeela sem ter o que fazer, ela acabou decorando as coordenas. Ao ser resgatada por Fallomax, ela repassou esses dados à professora, sendo o detalhe que faltava para o golpe do Lifeshroud: elas chegavam momentos antes, vendiam os coletes (sem os cristais), pegavam o dinheiro e se mandavam.

O Doutor e Brian chegam a Mordeela. No local onde eles estão, as paredes são forradas de fórmulas, figuras e formas, e o Doutor tenta descobrir o que aquilo significa e acaba meio que entrando em transe. Brian, depois de uma sugestão de Mr Ball, acerta o Décimo com uma pedrada na cabeça, e lambe o rosto do Doutor com seus tentáculos venenosos – mas em quantidade suficiente apenas restaurar os sentidos. Mas isso não impede que o Doutor repita algumas coordenadas de vez em quando.

De repente a dupla ouve os passos e o canto dos zumbis. Brian reconhece o canto como sendo as coordenadas astrotemporais que ele tem usado ao seguir Estinee e seu golpe. Eles são encurralados pelos zumbis, mas salvos por um tanque-robô de mineração operado pela garota, que é teleportada. O Doutor e Brian voltam para a Tardis a fim de tentar rastrear de onde saiu o transmat.

Enquanto mexe nos controles, o Doutor recebe a visita de um Kotturuh dentro da Tardis, mas só ele viu a criatura – Brian fica olhando para ele sem entender. O Doutor conta o que aconteceu e começa a recitar coordenadas, que são referentes a Andalia.

“‘Mas os Kotturuh já estiveram em Andalia’, contestou o Doutor. ‘Foi invadida. Convertida, abandonada, despedaçada’.

‘Ela foi’. Brian inclinou sua cabeça envergonhado. ‘Você não'”.

Vamos para o segundo interlúdio. Dessa vez temos Rose e o Nono; a companion está dormindo, tendo pesadelos com a Morte, quando acorda assustada com o Doutor de pé, ao seu lado, a observando. Ele, então, continua contando a história d’A Madrinha Morte: a Morte ficou feliz com o convite e quando a criança fez dezoito anos, a Morte determinou que ele seria um grande médico, dando ao afilhado uma erva específica: ao visitar o doente moribundo, se a Morte estivesse na cabeceira da cama, ele deveria dar a erva e a pessoa viveria; se estivesse aos pés da cama, não havia mais o que fazer. Um dia o afilhado foi chamado a cuidar de um rei, muito querido por seu povo; a Morte estava aos pés da cama. Querendo salvar o rei, o afilhado girou a cama 180° e salvou o rei, que ficou muito agradecido – mas a Morte se sentiu traída e o proibiu de fazer isso novamente. Algum tempo depois, a filha desse rei ficou muito doente; o médico foi chamado e o rei prometeu a mão da princesa a ele caso a salvasse. Fim da história.

(Estamos na metade da história, mas eu juro pra vocês que daqui pra frente as coisas ficam mais rápidas e interessantes. Vai lá tomar uma água, eu espero aqui.

Já foi? Podemos voltar? Boa!)

O Doutor ainda está meio chapado da visita a Mordeela, e Brian avisa que o Mr Ball conseguiu localizar a origem do transmat. Eles aparatam a Tardis no Polythrope, a nave da professora Fallomax.

O Doutor fala à Professora que descobriu o golpe que ela e Estinee dão nos planetas que serão julgados pelos Kotturuh. Mas enquanto o Doutor dá seu sermão, Brian vai atrás de Estinee, tira uma arma e simplesmente atira na garota, que não estava usando o Lifeshroud.

“‘Ela não estava usando o Lifeshroud!’

‘E ainda assim’, Brian arfou atavés de seu emaranhado de tentáculos, ‘ela está respirando’

O Doutor se virou, olhando, incrédulo, enquanto Estinee tremia e se contorcia. Ele deixou Brian e foi até ela. O brilho raivoso de seu corpo já estava desaparecendo, assim como em Andalia.

‘Ela está viva. Curando-se’. O Doutor olhou para Fallomax. ‘Ela não está usando o Lifeshroud…’

‘Mr Ball chegou a uma conclusão, Doutor’, disse Brian calmamente. ‘Não é o Lifeshroud que engana a morte. É Estinee. Ela mesma faz isso’.

Não sei o seu queixo, mas o meu caiu no chão quando eu li isso. Perguntas? Todas e mais algumas.

Teorias? Todas e mais algumas (podem usar os comentários para surtar à vontade).

Isso é resolvido no livro? Não!

Voltemos. O Doutor coloca Estinee numa câmara médica e pergunta como Brian percebeu que não era o colete, mas sim a garota quem evitava a morte. O Ood responde que ao atirar nela em Andalia ele percebeu que os circuitos do Lifeshroud estavam queimados, mas ainda assim houve regeneração celular – e que esse seria o motivo dos Kotturuh manterem a garota em Mordeela mesmo ela já tendo sido julgada: ela é imune à morte.

Quando o Décimo começa a pensar no que está acontecendo, é interrompido pela chegada da nave de Chalskal. O embaixador oferece dinheiro para que a professora Fallomax termine de desenvolver seus coletes e os produza em laraga escala e devidamente funcionais para ele. A Professora explica que não pode fazer muito nas duas semanas, dois dias e onze horas que eles tinham disponíveis até que os Kotturuh descessem no planeta de Chalskal, mas o Doutor oferece ajuda e eles fecham negócio.

Terceiro interlúdio. O Oitavo e Brian estão no deserto de Moslin e termina de contar a ele a história d’A Madrinha Morte (mas na versão dele temos uma afilhada). Ele fala que a doutora foi chamada pelo rei para salvar a princesa e ganhar a mão dela em casamento. A médica se apaixona pela paciente e diz que vai salvá-la, mesmo a Morte estando aos pés da cama. Ela então usa o mesmo truque e vira a cama, dando as ervas. A Morte, então, diz que a afilhada a desobedeceu e a pega pela mão, levando-a até uma caverna cheia de velas. “Cada uma dessas velas representa uma vida. E quando a vela se apaga, a vida acaba”. A Morte se dirige a uma vela específica e explica que aquela é a vela da afilhada; a garota implora que a madrinha não faça nada, mas a Morte apaga a chama com os dedos e a afilhada cai. Brian diz que entendeu a moral da história, que cada vida tem seu tempo e não se pode enganar a morte. “‘O que? Nah! Claro que a morte pode ser enganada. O Doutor se reclinou para trás. ‘Você só precisa continuar se mexendo. Ter certeza que a Morte nunca irá te alcançar. E se ela conseguir, tenha certeza que você tem algo a mais na manga além do seu braço'”.

(Tá acabando, eu juro).

Todo mundo tentando pôr os coletes pra funcionar de verdade, um belo dia Brian chama o Doutor pra conversar e diz que Chalskal não está agindo pelo bem do povo, mas sim que ele contratou um exército de mercenários, e iria usar o Lifeshroud para dominar o planeta após o Julgamento.

O Doutor, então, resolve mudar os planos e usar os coletes como uma forma de ataque aos Kotturuh, especialmente depois que o Décimo descobre que eles andaram visitando Estinee via projeção astral.

“‘Como você pode lutar contra os Kotturuh?’, perguntou Fallomax. ‘Nós estamos falando de criaturas que podem transformar a vida em morte tão facilmente quanto Chalskal faz uma reverência’.

‘Os genes de Estinee transformaram a morte dada pelos Kotturuh em vida’, o Doutor respondeu. ‘Se nós pudermos combinar esse efeito à habilidade do Lifeshroud de refletir a Onda dos Kotturuh…’ (…)

‘Espere’. Fallomax se levantou. ‘Se nós não podemos estudar a Onda em ação, pode ser que nós possamos estudá-la historicamente? Analisar seus efeitos no DNA das espécies, com amostras tiradas antes, durante e depois’.

Brian inclinou a cabeça para o lado. ‘Amostras de onde?’

Fallomax encolheu os ombros. ‘De volta para Andalia!’

Antes de voltar a Andalia o Doutor dá um jeito em Chalskla e seus mercenários.

O Doutor, Estinee e Fallomax voltam a Andalia, pegam as amostras e usam a Tardis como laboratório. Junto com uma amostra de DNA de um Kotturuh que tinha pego o Doutor pelo pescoço ainda em Mordeela, ele consegue desenvolver uma espécie de espelho: quando os Kotturuh atacarem, a Onda bateria no Lifeshroud e retornaria para eles com os sinais trocados. Estinee pergunta se isso poderia matar os Kotturuh e o Doutor responde que sim. A garota se revolta. “Um doutor deveria trazer vida, não morte. Você é um doutor!”.

Aí o Décimo começa a entrar naquela pira egoísta dele que eu morro de preguiça… a hora que ele encasqueta que está salvando sei lá quantos zilhões de vida, e que ninguém mais vai ter que morrer, e que ele é o salvador do univerzzzzzzzzzzzzzz…

É claro que vai morrer gente com o plano ~jenial~ dele. Enquanto o Doutor comanda Brian a levar a frota dos mercenários de Chalskla para um cerco a Mordeela, Estinee consegue levar a Tardis a frente no tempo, até as coordenadas que o Doutor recitara.

A garota mata Fallomax, os Kotturuh descem em Andalia atrás do Doutor e usam Estinee como arma, manipulando-a mentalmente a matar o Décimo, mas a garota retoma o controle da situação e se sacrifica.

Pooto, com aquela mistura de culpa e raiva, o Doutor puxa do bolso um frasco com o vírus antimorte (chamemos assim), joga-o no chão e deixa os Kotturuh sem entender nada. Alguns minutos depois os Kotturuh começam a se desintegrar, como efeito do vírus e passam a ser mortais.

“‘Eu os avisei para parar. Tudo o que vocês mostraram ao universo foi crueldade. Mas toda carne perece, Kotturuh – até a sua. A grama evanesce, mas a palavra do Senhor do Tempo vitorioso? Essa dura para sempre!”’

Não satisfeito, o bonito vai pra dentro da Tardis e cata no armário aquela fantasia de Nossa Senhora de Gallifrey!

[Pausa para imaginar David Tennant, com toda sua dramaticidade, saindo do prop da Tardis fantasiado de membro do Alto Conselho de Gallifrey, com aquele olhar apavorante que só ele é capaz.]

Ele volta para junto de Brian no cerco a Mordeela. Os Kotturuh do planeta pedem ajuda, mas ele não faz nada. Brian pergunta se pode disparar o vírus direto no planeta, mas antes de dar a ordem uma nave Dalek aparece, e a tela da nave em que o Décimo está mostra uma cara conhecida.

“‘Olá, Doutor! (…) Dois Doutores atrás, bonitão, olhos claros, e parecendo bem bravo.

‘Eu vim pará-lo!’, disse o Oitavo Doutor. ‘E quando eu digo eu vim pará-lo, eu quis dizer… que nós viemos pará-lo’

Corta para o Oitavo cercado de Daleks. Dá nem tempo do Décimo raciocinar direito; uma Nave-Caixão brota junto à nave Dalek.

“Rosto triste. Sorriso alegre. Um pequeno aceno. (…) Era o homem que ele se tornou ao final da Guerra do Tempo. O Nono Doutor. (…)”

Oitavo e Nono se cumprimentam e explicam que, se o Décimo acha que está salvando o futuro, ele está na verdade o destruindo. O Décimo acha que é um truque, mas o Nono explica que não e pede para que ele pare tudo. O Oitavo também implora para que não o faça. Mas ainda assim o Décimo não os ouve e dá a ordem para que Brian dispare contra Mordeela.

Fim do livro.

UFA! Essa história continua em All Flesh Is Grass, livro que será lançado em dezembro.

Rapaz que eu levei mais tempo fazendo essa resenha do que lendo o livro. A primeira parte realmente é mais longa, porque está apresentando os personagens e o conceito de julgamento dos Kotturuh. Já a segunda parte vai bem mais rápido, porque é onde toda a ação está.

Sobre os personagens: Brian e Mr Ball já são meus personagens prediletos de TLV, disparado. Se nós o estamos vendo o Ood e sua bola de tradução aqui pela primeira vez, do ponto de vista deles, eles já viveram aventuras com o Oitavo. Wibbly wobbly.

Estinee é o maior mistério dessa história. Ela regenera, mas até que ponto? E essa habilidade, era inerente à espécie dela ou algo criado quando perceberam que os Kotturuh uma hora iriam visitar Destran? E ainda: quantas outras espécies no universo, dado o fato de que ninguém, nos Tempos Sombrios, morre, têm essa habilidade de regenerar?

Isso faz diferença em TLV? Creio eu que não. Mas acaba afetando o quadro maior do lore? Sim – especialmente em relação à Timeless Child. Mas esse não é o ponto aqui.

Fato é: o Décimo é quem caga tudo. E Oitavo e Nono precisam limpar. Agora precisamos saber como foi que as regenerações anteriores chegaram até esse ponto. E cadê a Rose? Foi salva das garras dos vampiros?

Mas isso é conversa pra outra resenha. Sigam as fan acc de Doctor Who, discutam, criem teorias e, se puderem, gastem um troco com TLV. Quanto mais falarmos, mas a BBC olha com carinho para nós aqui.

Até a próxima resenha!

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