Se você perdeu a parte 1, corre lá que eu espero.

Vamos lá. No fim da HQ passada menina Rose Tyler estava sendo servida como prato principal para as rainhas vampiras, enquanto o Nono tentava escapar da comandante Rassilon para salvar sua companion.

Essa aqui abre com Rassilon apontando uma arma para o Doutor querendo saber o que era aquela cabine azul, e nosso amado vindo do norte responde que não é nada interessante. Como eles já estão dentro da nave, o Doutor corre para os controles, dá partida, abre um alçapão e derruba Rassilon e os outros guardas gallifreyanos, só restando ele e o médico Androkan.

A dupla decola e dá de cara com os cucurbitas. Androkan se assusta, pede pra dar meia volta, e o Doutor explica que não tem necessidade: ele mexe nos controles e disfarça a nave como se fosse um cucurbita, passando livre por eles.

Androkan se espanta e pergunta como ele sabe dessas coisas. O Nono diz que esbarrou em um e que foi ler sobre eles – nessa hora o quadrinho faz um referência a Tooth And Claw, não o episódio de TV mas sim a HQ do Oitavo. E aí a ficha do médico cai…

“Você sabe tanto… mais do que deixa transparecer… e o seu DNA – é tão complexo, e ainda assim tão similar ao gallifreyano. É quase como se… você fosse o que nós vamos nos tornar um dia. É isso, não é? Eu sempre achei que viajar no tempo não fosse mais que uma fantasia de criança, mas eu não tenho outra explicação. Viajante, você é do futuro?”

O Doutor pede segredo, mas Androkan está tão feliz de que haverá um futuro que diz que mesmo que ele falasse que viajar no tempo é possível ninguém acreditaria nele.

No quadro seguinte a nave em que eles estão vai se aproximando da Nave-Caixão dos Grandes Vampiros, que tem o melhor design possível:

Nada como estar viajando pelo espaço e se deparar com uma catedral gótica invertida cheia de cucurbitas em volta, né non?

Eles entram na Nave-Caixão e se deparam com uma espécie de linha de produção de mineração, formado por escravos de diversas espécies, mas todos vampiros. O Doutor percebe que eles estão quebrando o mesmo tipo de pedra pra extrair minério que os gallifreyanos estavam lá no planeta onde o Nono e a Rose pousaram primeiro. Androkan responde que aquilo é torocita, um minério vital para reatores de fusão, tanto de Gallifrey quanto dos Grandes Vampiros – e estes querem tomar o planetoide do domínio de Gallifrey, daí o conflito.

O Doutor e Androkan são pegos pela segurança e levados até o chefe, que por sua vez os leva até o Frei Gristok, que era o carcereiro da Rose na edição passada. O Frei começa a farejar o Doutor, e se encanta por ele ter o cheiro de uma espécie desconhecida; e fareja o Androkan, sente cheiro de gallifreyano e simplesmente mata o pobre coitado.

Grystok, então, leva o Doutor até a câmara onde estão as 3 Irmãs, e quando eles chegam elas estão caídas no chão, quase mortas, e uma delas diz que a humana era muito forte. De repente o Nono ouve a voz da Rose, falando com a voz das Irmãs, que elas entraram na cabeça dela.

“Então, você veio me salvar… ou me matar? Porque eu acho que você não consegue fazer nenhum dos dois!”

Pois é, menina Rose Tyler agora é uma vampira… temos mais uma edição pra saber como caraleos o Doutor vai livrá-la dessa. Mas isso é assunto pro mês que vem…

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*Pausa para um comentário pessoal e uma tentativa de ligar algumas coisas com a TV*

O que nós aprendemos até agora em Monstrous Beauty:

• os gallifreyanos têm uma tecnologia que permite que eles façam viagens interplanetárias, mas viajar no tempo é impossível;

• eles não conhecem o conceito de morte enquanto fim de um tempo determinado – provavelmente porque os Kotturuh ainda não passaram por lá; os poucos gallifreyanos que morreram foram soldados na guerra.

O que nós vimos em Timeless Children:

• que a Tecteun é uma Shobogan (os nativos de Gallifrey) que começou a fazer viagens espaciais – apesar da legenda da Globoplay estar como “viagens temporais”;
• que em uma dessas viagens ela parou em um planeta que tinha um portal dimensional e uma criança perdida;
• ela passou anos viajando com a criança pelo espaço – tanto que quando mostra o rosto da Tecteun ela está mais velha;
• a criança morreu num acidente e regenerou – e a Tecteun achou que ela era um ratinho de laboratório e passou as décadas seguintes estudando (e matando) a pobre criança, até que conseguiu decodificar o gene da regeneração, aplicou nela mesma e virou um moço negro semi calvo.
• nesse meio tempo: Gallifrey evoluiu, uma parte dos Shobogan virou elite, eles passaram a viajar também no espaço, Tecteun implantou o gene de regeneração só nos vips e eles se tornaram os Senhores do Tempo.

Pois bem, vamos à minha teoria – que pode estar completamente equivocada: quando a Tecteun começa suas viagens nós ainda estamos nos Tempos Sombrios. Os Shobogans são inteligentes, vão construindo sua sociedade, e como eles não morrem, têm todo tempo do mundo para aperfeiçoar sua tecnologia e explorar o universo.

Um belo dia, os Kotturuh passam por Gallifrey e fazem seu julgamento. Como eles são um povo que contribuem, a expectativa de vida deles é alta – muito alta. Mas ainda assim, ao final de tudo, eles vão morrer.

Em uma de suas viagens exploratórias Tecteun encontra uma criança e a adota. Quando ela volta a Gallifrey, os Kotturuh já passaram por lá e as pessoas morrem. E, num acidente, a filha de Tecteun morre, tadinha; mas ela regenera. E Tecteun começa a estudar esse fenômeno como um modo de “enganar a morte” e de aumentar o tempo de vida dos gallifreyanos – que já é grande. Com o combo vip regeneração + viagem no tempo, ninguém segura os Senhores do Tempo e eles vão se tornar os Mestres do Universo (He-Man). E o resto é história: eles se tornam, na verdade, um bando de arrombados, Rassilon é um ditadorzinho de merda que se acha deus e a pobre criança atemporal tem o cérebro fritado numa queima de arquivo.

*Fim da pausa*

Os comentários estão abertos, bem como nosso twitter, pra vocês virem teorizar junto comigo. Viajei demais? Ou alguma coisa nisso tudo faz sentido pra vocês também?