“Os Daleks invadem o Arquivo de Islos, procurando por informações sobre os Tempos Sombrios. Irão os Arquivistas se entregar, ou há mais no Arquivo do que poderia imaginar o Dalek Imperador?”
Para esse evento, hoje nós teremos não um mas dois comentários sobre DALEKS! Por quê? Porque o desenho tem mais tiro que fala, e as poucas falas conseguem ser resumidas em dois parágrafos. E porque o #ADM11 tá empolgadíssimo pra falar sobre 🙂
O episódio você assiste aí em cima. Terminou? Agora vem pra cá!
#ADM1
Finalmente nossos saleiros genocidas do coração ganharam seu spin-off! “Ain, mas é só uma animação…” Eu não quero saber! No meu coração, qualquer migalha é um banquete quando se trata de Daleks.
Adorei que Islos é defendida por Stormtroopers. Sabe quando isso ia dar certo? Nunca. Óbvio que os Daleks iam entrar atirando e destruindo tudo.
Achei o visual dos Arquivistas sensacional também. Você percebe claramente que dado o combo tempo curto/verba mais curta ainda, fazer um pódio vintage com uma cabeça que não mexe nem boca nem olhos, só acende a luz, foi uma solução super engenhosa. Ainda assim, um passo além do que vimos em Silence In The Library/Forest Of The Dead. Aliás, senti Islos com uma vibe The Library.
Mas o que falta em verba de animação sobra em talento no roteiro. Escrito pelo pai de TLV, James Goss, esse primeiro episódio nos deixou com o hype lá em cima pra essa história. A Arquivista Chefe é só sarcasmo (adoramos) e você desconfia de alguma coisa quando ela deixa os Daleks entrarem como querem no planeta e “matar” geral.
” – Os Daleks vieram para tomar o seu Arquivo.
– Você deseja fazer um cartão da biblioteca?”
E Davros salve o Dalek Estrategista, porque é o único com o mínimo de inteligência nisso tudo. Ele percebe que tem alguma coisa errada, já que ninguém é tão de boas assim no meio de um bombardeio. “Toda vida quer alguma coisa” – nada mais certo (mesmo que não queiram nada deles…).
Só que dessa vez, quando o Estrategista chegou com o milho, os Arquivistas já estavam com o bolo pronto e o café passando. Os Daleks usam a carta do sequestrador básico: vocês nos deixam entrar no Arquivo para que peguemos as informações que precisamos, e a gente não mata mais ninguém. A Arquivista fala que não tem como contactar os superiores, mas depois de mais alguns tiros ela cede e deixa os Daleks entrarem.
E aí, neuzamigos, é que a gente entende o porquê da confiança toda: não tem ninguém, os arquivos estão vazios, e a Arquivista sumona um portal – a ficha do Estrategista caindo é muito sutil… Ela explica que todo mundo passou pelo portal com os arquivos, e que ela pesquisou por uma raça antiga e além do tempo que ofereceu abrigo a eles.
” – O que você ofereceu a eles em retorno?
– Nós oferecemos vocês”
E aí é faísca verde pra todos os lados e carinha de F*&%U do Imperador.
São 13 minutos muito bons. O estilo da animação anos 60 é muito legal – tão legal que, pra aproveitar, a BBC está relançando os quadrinhos dos Daleks que saíam na revista TV Century 21 entre 1965 e 1967 que traziam o Imperador Dalek e os Daleks voando nesse palanque (eu queria essa capa versão pôster na minha parede…).

Pra quem assina a newsletter de Doctor Who, eles vão dar acesso antecipado ao episódio dois. Então, se você ainda precisa de algum incentivo para assinar a newsletter, taí.
E antes que alguém reclame do visual: gente, isso foi feito no meio de uma pandemia, com prazo curto e a verba de um pastel e um copo pequeno de caldo de cana, pra ser conteúdo complementar de uma história muito maior. O que os caras fizeram é digno de aplauso.
Mas essa é a minha opinião. O que será que o #ADM11 achou?
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#ADM11
“Toda vida deseja algo.”
Mesmo com gráficos simples, Daleks! nos trouxe de cara uma história dinâmica. O episódio tem um bom uso dos planos e do formato animado, criando uma grande imersão – que pode até ser capaz de fazer o espectador ignorar a estética crua. Mostrando um lado do Império Dalek jamais visto na TV, a série animada é uma interessante adição ao arco de Time Lord Victorious.
Em The Archive of Islos nós revemos alguns dos modelos de Dalek recorrentes na saga de TLV. Em maior destaque está o Imperador Dalek, com seu design pomposo e uma imponência digna. Também há uma ênfase bastante interessante no Dalek Estrategista, capaz de roubar a cena com seu aspecto racional e gênio criativo.

Além disso, o episódio possui um bom uso dos momentos atmosféricos de silêncio e, mais ao fim, um cliffhanger empolgante, premeditando episódios numa escala de ambição ainda maior…
Em suma, a animação entrega tudo aquilo que promete num formato fácil de se consumir e numa plataforma igualmente acessível. Mesmo para quem não está acompanhando os maiores conteúdos de Time Lord Victorious, vale a pena conferir.