“Nessa história original, o Doutor viaja com Brian, o Ood assassino, até o planeta Magnox, um dos maiores receptáculos de conhecimento que o universo já conheceu, e lar das Mentes de Magnox. O Doutor precisa fazer uma pergunta crucial, mas a resposta é classificada como Nível 1 de Sigilo. Para conseguir uma audiência com as Mentes de Magnox, ele precisa passar por um teste perigoso.
Enquanto isso, Brian se envolve com um grupo criminoso e é contratado para assassinar as Mentes de Magnox. Porém, outros têm o planeta como alvo…”
O áudio foi escrito por Darren Jones e lido por Jacob Dudman.
Na história temos o Décimo e Brian (e Sr. Bolinha) chegando em Magnox atrás da resposta para uma pergunta. E já que o Doutor não quer contar qual é a pergunta, Brian decide ficar pelas ruas de Magnox enquanto o Doutor segue seu caminho – porque como todo bom companion, Brian viaja com o Doutor porque a outra opção é ficar entediado.
Andando pela cidade – perfeitamente ambientada por Darren Jones, desde a sua arquitetura (uma mistura de Veneza com Milton Keynes), até os vendedores de livros e panfletos e as barracas de alimentos, passando pela periferia da cidade – Brian acaba apartando uma briga (mais para o Sr Bolinha matando três pessoas). Em agradecimento, Wim, o rapaz que foi salvo, oferece um drinque ao Ood.
Na outra parte da narrativa, o Doutor chega ao Chronicle, onde toda a informação sobre os Tempos Sombrios fica. Mas para conseguir uma audiência com as Mentes de Magnox – o grupo da aristocracia que comanda o lugar – o Doutor precisa passar por uma série de entraves burocráticos, incluindo ser escaneado (e correndo o risco de ter o cérebro danificado no processo).
A parte mais interessante desse áudio é ver os dois lados de Magnox: enquanto no centro da cidade conhecimento é poder, onde a população exibe em seus crânios quanto conhecimento eles possuem (os crânios são como obras de arte, quanto maiores e mais trabalhados, maior o conhecimento), na periferia da cidade as pessoas trocam seus parcos conhecimentos por comida e uma espécie de bebida não alcoolica que dá foco.
Mas voltando ao plot: enquanto o Doutor tenta passar pela burocracia do Bibliotecário Chefe Obble para chegar às Mentes de Magnox, Brian é contratado pelo mesmo Obble para matar as Mentes de Magnox – segundo ele, autocratas que querem todo o conhecimento para si, incapazes de dividir o saber com o povo (troque conhecimento por dinheiro e voilá, você tem o plot de qualquer revolta popular).
Boa parte do áudio é, basicamente, saber quem chega primeiro até as Mentes, se Brian ou o Doutor – que arranja uma companion de ocasião, a bibliotecária Peschell (uma graça de garota, que sonha em viajar e surfar e que vai ser muito importante no final da história pra juntar algumas pontas de TLV).
Nesse meio tempo nós ficamos conhecendo a história de Brian e como ele foi comprado pra Ordem Menor de Oberon, que o treinou e o torturou – e como ele matou todos eles em vingança.
E como desgraça pouca é bobagem, o que restou dos Kotturuh chega no rolê bem na hora em que o Doutor está fazendo sua pergunta e Brian tentando matar as Mentes.
Falando em Kotturuh, a pergunta do Décimo é relacionada a eles (e a tudo que aconteceu até aquele momento em TLV): Eu derrotei os Kotturuh, os Portadores da Morte, e os mandei para o caminho da própria destruição. Eu mudei o futuro, e eu preciso saber: eu fiz a coisa certa? – e se essa não é a pergunta mais “Doutoral” que existe, eu não sei mais qual é. E sim, a pergunta ficou sem resposta, porque as Mendes mandaram o Doutor descobrir sozinho.
Depois do Sr. Bolinha tocar o terror, matando todo mundo e deixando os Kotturuh poootos a ponto de destruir Magnox inteira, o Douto, Brian, Wim e Peschell conseguem fugir para a nave merecenária. O Doutor os leva até Islos (lembram do planeta?) – ainda uma colônia colaborativa, e não o grande arquivo dos Tempos Sombrios (por enquanto).
No epílogo (que você ouve aí em cima), nós conhecemos a Oráculo e Azema, sua filha. Do lado de fora da casa da Oráculo, uma caixa azul e um homem jovem de casaco roxo e gravata borboleta está perguntando por Paschell e diz que ele é um amigo do Doutor. O jovem pergunta se ela e Wim acabaram juntos (não, não acabaram) e diz que o Doutor sentia muito por ter destruído Magnox.
Paschell explica que alguns magnoxans conseguiram fugir e foram parar em Islos também. Eles continuam conversando e o Onze diz, antes de ir embora, que está a caminho de um lugar chamado Trenzalore e que gostaria de dar um presente a ela: uma espécie de pen drive. Ele diz que voltou a Magnox depois da destruição e que aquilo foi tudo o que ele conseguiu salvar; aquele objeto continha toda a história de Magnox, além de 3% de todo o conhecimento dos Tempos Sombrios, suficiente para aumentar o Arquivo de Islos. E vai embora.
É um áudio de pouco mais de uma hora, e tão bem escrito e narrado que você não sente o tempo passar. Não preciso falar mais sobre o Dudman – o cara é sensacional fazendo qualquer Doutor. E, apesar do Brian dele não ser uma imitação perfeita – até porque o trabalho do Silas Carson é único – você sente que é o nosso assassino predileto que está lá.
Faltam ainda dois áudios para terminar TLV. Um já foi lançado e a review sai em breve (e esse eu nem ouvi ainda, a vida anda puxada e janeiro teve 65 dias que foram um grande portal da Caverna do Dragão até encontrar a saída definitiva de 2020); o outro sai agora em março.
Mas a gente se encontra por aqui uma hora dessas, espero que o mais rápido possível. Até a próxima.