Out Of Time 2: The Gates Of Hell | Lutando contra os Cybermen no almoço de domingo.

” Paris, 1809. O Quinto Doutor faz um tour pelas Catacumbas e conhece uma atrevida Agente do Tempo fazendo o mesmo…

Paris, 1944. O Décimo Doutor erra o alvo e aterrissa na França ocupada. Ele se esconde dos nazistas — nas Catacumbas.

A colisão da linha do tempo de dois Doutores engatilha uma catástrofe temporal, permitindo o domínio dos Cybermen sobre a Terra.

Os Doutores precisam voltar no tempo para encontrar onde começou a Cyber invasão e fechar os Portões do Inferno…”

Out of Time é uma trilogia do Décimo Doutor encontrando três de suas versões passadas: Quarto, Quinto e Sexto (essa última parte só em julho de 2022). E se no primeiro volume o clima era de fanboyzice total do Tennant pra cima do Tom Baker, nesse segundo a gente tem a sensação de que o áudio foi gravado num almoço de domingo da família, entre crianças correndo e a Georgia queimando a sobremesa — sério, nem parece que o áudio tem uma hora de duração, de tão rápido que passa.

O plot é aquela coisa timey-wimey que a gente encontra toda vez que rola um evento multidoctors: o Quinto Doutor está visitando as Catacumbas de Paris no século XIX quando tromba com uma Agente do Tempo chamada Tina Drake (o melhor personagem coadjuvante dessa história) e os dois trombam com um núcleo de Cybermen. Alguns anos depois, durante a ocupação francesa pelos nazistas, o Décimo visita as mesmas Catacumbas e começa a ter flashbacks do que aconteceu quando ele era o Quinto. Entra em cena Joseph Delon (Mark Gatiss, sempre ele), que é o elo entre os Cybermen e a dominação do planeta.

Os dois Doutores se encontram e, com o auxílio de Tina, eles precisam impedir que os Cybermen se instalem na Barreira do Inferno. Pra isso, eles voltam até o século XVIII para impedir que Monsieur Delon seja cooptado pelos homens de lata. Ou seja, mais um plot básico de cybermen e zzzzzzzzzzzzzzzz (eu não gosto de cybermen, os plots são previsíveis e não tem nada minimamente novo desde algum lugar da série clássica). Talvez funcionasse melhor na TV, com os esqueletos das Catacumbas e Paris.

O que interessa aqui é a quantidade de piadas, menções e citações à era clássica de Doctor Who (“ah, eu e Romana tomamos sorvete ali, naquele lugar”; “há quanto tempo você não usa uma sonic screwdriver?”) e a maravilhosa química entre genro e sogro contracenando. Se em OOT 1 o esforço era todo do Décimo, aqui não tem esforço nenhum: os diálogos fluem como se fossem dois fãs de Doctor Who numa tarde domingo, no parque, observando as crianças se divertindo — só que eles estão entre esqueletos da era romana tentando evitar que Cybermen convertam a humanidade.

8/10, o suficiente pra ser uma boa companhia naquela caminhadinha no calçadão mais próximo.

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